sábado, 9 de abril de 2011

Wake me up when september ends - Parte 24


Estaria eu a perder o meu amigo? Não falávamos há 4 dias, desde aquela noite. Acho que ele até fazia de propósito para não se encontrar comigo no elevador ou no corredor. Talvez há 2 meses eu não soubesse que precisava de um amigo, mas agora que encontrara um, era me difícil pensar que o poderia perder. Eram estes os meus pensamentos quando o telefone o tocou. Atendi-o.
E: Estou?
No outro lado da linha responderam:
Estou a falar com Ellen Stone?
E: Sim, é a própria. Quem fala?
Responderam:
O seu marido foi alvejado. Fizemos todos os possíveis para salvá-lo. Lamentamos a sua perda. O meu mundo desabou. O telefone caiu-me das mãos e eu não chorei. Simplesmente não acreditava por completo. Demorei alguns segundos para processar tudo. Ashton estava morto de verdade.
E: Está morto.
Só aí o meu corpo todo começou a tremer, as pernas falharam-me, eu caí no chão e chorei. E assim fiquei todo o dia sem dar conta das horas passarem.
A fome apertava, a minha saliva já não era o suficiente para saciar a sede e as lágrimas tinham secado ao final do dia. Eu estava vazia, tinham tirado tudo o que havia dentro de mim. Tudo até que chegou a um ponto que até a fome e a sede tinha sido levadas. Foram levadas por uma bala que atingiu não só uma, mas duas pessoas naquele dia.
--------------------------------------------------------------------------------------------

Eu sei que a história está a ficar um bocado grande - e ainda está um bocado longe do fim - e peço desculpa por isso. Eu normalmente quando escrevo histórias escrevo histórias grandes...

10 comentários: