Naquela noite não dormi. Era a noite antes de voltar para Chicago, para o mesmo apartamento, com Mark. Como iria eu enfrentar Jason? Como iria eu contar-lhe que Mark era o meu namorado depois de ter fugido porque não queria estar numa relação? Como é que eu lhe poderia dizer isso sem fazer com que ele me odiasse? Como? Por muito que quisesse pensar noutra coisa ou mesmo não pensar em nada, não consegui. Passei a noite em branco. Esta passou depressa. O despertador tocou e apenas tive alguns segundos, antes que Mark acordasse, para me recompor. Ele beijou-me a parte de trás do pescoço depois de desligar o despertador.
M: Bom dia.
Limpei rapidamente as lágrimas e pus-me de cara a cara com ele na cama e sorri-lhe.
E: Bom dia.
No entanto, uma noite em branco com lágrimas pelo meio não se apagava em segundos. Mark percebera que algo de errado se passava comigo. Ele perguntou-me num tom preocupado:
Que se passa? Parece que estiveste a chorar.
Eu menti:
Estou bem. Entrou-me qualquer coisa no olho.
M: Está bem. É melhor levantarmo-nos. Temos um grande dia pela frente.
Levantámo-nos, arranjámo-nos e despedimo-nos daquele apartamento. Apesar de ter sido meu só por um ano, deixei-o com alguma saudade. Se calhar não era saudade. Talvez fosse por não querer sair da pausa que tinha estado a viver no último ano. Seguimos viagem. Não consegui falar muito durante o caminho, o nó que se formou na minha garganta não o permitia. Esse nó crescia à medida que o tempo passava. Parecia uma espécie de tumor a espalhar-se por todo o meu corpo. Um tumor inoperável que começava a afectar todos os órgãos do meu corpo. Mas esse tumor só existia na minha cabeça. Não me podia matar antes de ter a oportunidade de encontrar Jason no elevador do prédio, como eu desejara.
Chegámos a Chicago e minutos depois, Mark estacionou o meu carro à porta do meu prédio. O carro de Jason também lá estava estacionado, no sítio do costume, o que significava que ele estaria em casa e as possibilidades de o encontrar no elevador ou no corredor eram poucas. Eu saí primeiro do carro e olhei em volta. Estava tudo igual, quase tudo. Disse a Mark para esperar um bocado dentro do carro, que já iria ter com ele. Olhei para o fundo da rua e lá estava a única coisa que não se encontrava naquele lugar quando eu partira. Jason a caminhar na minha direcção.
adorei, espero pela continuação (:
ResponderEliminaro que me acontece é eu carregar onde diz: comentários, e é como se não tivesse link.. só me aconteceu uma vez, mas pronto.. achei estranho
ResponderEliminarOlá! Obrigada pelo teu comentário! :D Eu agora não posso acompanhar a tua história porque, infelizmente, tenho de estudar... (bah) mas mal acabem os meus exames, volto ao teu blog e leio! :D beijinho! ^^
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