segunda-feira, 11 de abril de 2011

Wake me up when september ends - Parte 25

Acordei no chão, junto da pequena mesa com o telefone. O meu telemóvel tocou. Aliás, tinha estado a tocar no dia anterior, apenas o ignorei. Acompanhado pelo toque do telemóvel que ao princípio tinha sido difícil de ignorar, uma voz masculina falava para mim.
J: Ellen, eu consigo ouvir o teu telemóvel a tocar. Eu sei que estás aí dentro. Tentei falar contigo ontem, mas ignoraste-me. O meu comportamento na outra noite não foi o melhor, mas foi a primeira vez que falei de Nicole desde que nos separámos.
Eu ignorei-o. Reconheci a voz dele, ouvi o que dissera, mas não teve qualquer significado para mim. Eu andara triste por estarmos chateados, mas naquele momento isso era o menos. Se fosse hoje não tinha hesitado e abrir-lhe-ia a porta, mas naquele momento Jason para mim não era nada. Tinha de enfrentar algo bastante mais grave do que uma briga entre amigos.
J: Eu quero falar contigo. És minha amiga e eu não quero perder-te. Eu sei que nunca o disse, mas é a verdade. Preciso de ti como amiga. Por favor, acredita em mim.
Ele voltou a ficar sem resposta. Segundo dia no chão frio. Não chorei, não senti nada. Não pensei, não tinha fome nem sede, não via nem ouvia nada à minha volta. O mundo que me rodeava estava demasiado silencioso. Eu parecia estar inconsciente. E estava. Tinha desmaiado devido ao facto de não ter comido nada nos últimos 2 dias. Assim o conclui quando acordei nessa noite no meu apartamento com Jason a dar-me pequenos estalos na cara para me acordar e obrigando-me a beber água com açúcar assim que abri um pouco os olhos.
J: Encontrei-te no chão desmaiada.
Eu ainda estava fraca e as palavras que tentava proferir mal se ouviam.
E: Como é que entraste?
J: Eu estava preocupado contigo e convenci o porteiro lá de baixo a deixar-me entrar com as chaves dele.
Tentei sentar-me no sofá com a ajuda de Jason.
J: Ainda estás fraca. Vou fazer-te alguma coisa para comeres.
Ainda estava zonza e sem energia para chorar ou pensar em quer que fosse. Minutos depois Jason regressou ao sofá com a maior tigela que eu tinha no armário, cheia de leite e cereais. Jason ainda tentou ser ele a dar-me os cereais à boca, mas recusei-me. Eu estava fraca, não inválida. Peguei na tigela e as minhas mãos estremeceram um bocado, mas fiz um esforço e segurei a colher bem firme e comecei a comer. Senti-me melhor quando já ia a meio e agradeci-lhe por tudo. Ele sorriu ligeiramente.

4 comentários:

  1. Parabéns estou a gostar imenso da história =)
    * * *

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  2. Adoro os teus comentários no meu blog porque isso significa que já há uma parte nova da tua historia e venho logo aqui a correr para ler :D

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  3. obrigada querida ; DD
    estou adorar a história ; DDD

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