quarta-feira, 23 de março de 2011

Wake me up when september ends - Parte 20

Estava finalmente de volta da casa dos meus pais. Estava tão aliviada por aquele dia estar a acabar. De facto, faltavam 30 minutos para acabar. Nesses 30 minutos eu tencionava tomar um banho de espuma e dormir.
Premi o botão para chamar um elevador. As suas portas abriram-se e eu entrei nele e premi o botão do terceiro andar e as portas começaram a fechar-se e ouvi alguém gritar o meu nome. Tentei carregar no botão para abrir o elevador, mas era tarde demais. O elevador subiu até ao terceiro andar e esperei um bocado no corredor. Comecei a ouvir passos nas escadas. Espreitei e vi Jason, a pessoa que chamara o meu nome anteriormente.
E: Jason!
Ele olhou para cima e sorriu-me. Em seguida subiu o resto das escadas que lhe faltava.
J: Onde estiveste até agora? posso perguntar?
E: Demasiado tarde, já perguntaste. Enfim, respondendo à tua pergunta, Eu fui a casa dos meus pais. Tivemos um jantar de família.
J: Qual é a ocasião?
Eu suspirei tristemente antes de responder.
E: É o meu aniversário. 
Ele ficou um bocado surpreso a olhar para mim e depois apressou-se a dizer:
Feliz aniversário. Podias ter-me dito.
E: Já não ligo muito ao meu aniversário...
Deu claramente para perceber que eu não ligava ao meu aniversário porque Ashton já cá não estava e também deu para ver o desconforto de Jason porque o tinha percebido e parecia não haver nada que ele pudesse fazer para me animar. Lembro-me do silêncio que precedeu aquele pequeno diálogo e do seu rosto a iluminar-se como tivesse acabado de ter uma ideia. E: Que foi?
J: Acho que ainda tenho um queque no meu apartamento. A minha mãe enviou-mos ontem. E tenho fósforos. Não é o ideal, mas é melhor que nada.
Ele pegou-me pelo pulso, mas eu afastei-me imediatamente, ainda não confiava assim tanto nele apesar de tudo.
J: Eu não mordo.
E: Eu sei, mas - -
J: Ellen, não estou a tentar conquistar-te para te levar para a minha cama ao contrário do que tu pensas. Acho que já provei isso nas últimas duas semanas.
Pegou na minha mão e olhou me nos olhos. Eu juro que quase me perdi naqueles olhos. Juro que se não fossem aqueles olhos, ele não me tinha convencido a entrar em casa dele naquela noite. Enfim, os seus olhos hipnotizaram-me e fizeram-me entrar no apartamento. Ele abriu uma pequena caixa e tirou de lá um bolinho. Abriu todas as gavetas até encontrar algo que se parecesse com um fósforo. Passado um bocado pousou na mesa da cozinha o bolinho num prato pequeno com um fósforo lá espetado. Mandou-me sentar, acendeu o fósforo e correu apressadamente para o interruptor para desligar a luz antes que este se apagasse. Depois cantou-me os parabéns. Era um péssimo cantor! No final, eu soprei o fósforo, ele retirou-a do bolo e disse:
Pediste um desejo?
Eu peguei cuidadosamente no fósforo queimado e deitei-o ao lixo. Até hoje, ninguém sabe o que eu desejei naquele ano.

5 comentários:

  1. Eu adoro esta história ando sempre cá para ver a continuação :D

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  2. obrigado, querida.
    por muito que eu não queira continua a ser um assunto demasiado delicado que não me sai da cabeça :x

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  3. adorei o teu blogue, acho que escreves muito bem =) parabens!!

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