sábado, 19 de fevereiro de 2011

Wake me up when september ends - Parte 9

Lembro-me de ter tirado as próximas duas semanas de folga. Isso significava que não iria ter férias de Verão, mas aquelas eram as últimas semanas que Ashton estaria comigo por isso aquelas eram as minha férias de Verão no Outono. De segunda a sexta saíamos de casa de manhã e voltávamos à noite. Estes eram bons dias para visitar museus e monumentos fora da cidade porque as pessoas estavam todas a trabalhar. Ao fim de semana ficávamos em casa ou íamos ao parque dentro da cidade. Ashton adorava o parque nesta altura do ano. As folhas das árvores ganhavam cores quentes maravilhosas apesar de estar um frio nada animador. Eu preferia a Primavera. As árvores estavam carregadas de folhas de um verde magnífico e flores que perfumavam o ar.
Assim passámos as duas últimas semanas em que ele estaria comigo que acabaram eventualmente por chegar ao fim. Passaram-se cerca de dois meses desde que Ashton tinha voltado do Iraque e agora ia partir outra vez. Desta vez iriam partir de avião o que alterou um bocado a “rotina”. Em vez de estar num porto, estava num aeroporto. Vistas bem as coisas acabava por ser a mesma coisa. Continuava a ser uma despedida. Ficámos a falar normalmente durante algum tempo. Passado algum tempo o general veio avisá-lo que se deveria começar a despedir. Quando o general se voltou a afastar as lágrimas não hesitaram em cair. Ao mesmo tempo uma raiva apoderou-se de mim. Continuo sem saber de onde aquilo veio porque eu não queria ter reagido daquela maneira. No meio do aeroporto comecei a gritar-lhe:
Isto é tudo culpa tua! Tu nem sequer pediste a minha opinião sobre isto! Nem deste hipótese de discutirmos sobre o assunto. Nem sequer pensaste em mim. Aceitaste ir para o inferno e nem paraste para te perguntares se eu ficaria bem. E Sabes uma coisa? Não sei se vou ficar!
E foi assim. Se estou arrependida? Sim, estou. Estas foram as minhas últimas palavras antes de ele partir durante dois anos… ou mais. Eu não tinha a certeza de que ele iria voltar. Não disse que o amava. Não disse que ele significava o mundo para mim. Em vez disso gritei-lhe palavras injustas. Também sei que ele não se importou com aquilo porque lembro-me de ele me ter abraçado, olhado bem nos olhos e ter dito:
Eu sei que não quiseste dizer isso. E eu amo-te, acvonteça o que acontecer. Mesmo que tenhas dito isso de uma maneira sentisda.
E em seguida beijou-me a testa e foi-se embora.


6 comentários:

  1. nunca pares de escrever!
    esta história é tão perfeita, só da vontade de continuar a ler e a ler e a ler!

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  2. mas eu adorava que nao me acontecesse a mim $:

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  3. A história até agora está linda. Estou ansiosa por poder ler o resto

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  4. Oh, gostei.. vou seguir *

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